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segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Imparcialidade no Jornalismo Esportivo

Quando se trata de jornalismo esportivo, há quem diga que é uma área onde não existe imparcialidade. As pessoas insistem em pensar que todo e qualquer profissional deste segmento, seja ele o âncora, o repórter, o comentarista ou produtor, escolhe esta profissão por paixão a algum competidor de determinado esporte (leia-se futebol, visto que é o esporte mais popular e que nos últimos tempos tem causado mais polêmica em relação ao jornalismo), e por isso o defende, ou se submete a ser alienado aos erros ou escândalos de determinado time.
Levando em consideração a ética jornalística, qualquer segmento da comunicação, ou seja, o Jornalismo como um todo, deve aderir não só a imparcialidade, mas também ao trabalho a favor apenas do direito que a sociedade tem à informação. Qualquer parcialidade visando um benefício próprio ou até mesmo a defesa de algum princípio pessoal, pode ser visto como falta de ética, pois desvia o jornalista do seu curso que deve ser apenas informar e fazê-lo com consciência. Se um jornalista que cobre as eleições, por exemplo, não deve mostrar se é a favor do partido A ou B, na cobertura de esportes não pode ser diferente.
Segundo o jornalista esportivo Renato Peters, repórter da Rede Globo, o profissional deve separar a paixão do profissionalismo, e o papel de torcedor apaixonado “acaba” quando começa o de jornalista profissional. “Tenho meu time de futebol e outros jornalistas também. Só que eu não posso ter paixão por um clube na hora em que vou escrever ou fazer uma reportagem. Ou seja, não posso cobrir o time para o qual torço de maneira apaixonada. Tem que ter isenção”, diz Peters. No tocante às consequências de assumir a preferência, ele ainda diz que vivemos em um momento difícil com algumas torcidas organizadas e que o fato do comunicador divulgar o time pelo qual torce não é aceito pelos torcedores, fazendo o jornalista “refém” de tais grupos, que não perdoam na hora de fazerem comentários maldosos a respeito do repórter. “O jornalista é um profissional. Ele não pode fazer essa divulgação até para que as pessoas não pensem mal dele”.
O certo é evitar comentários que insinuem o favoritismo do repórter. Uma vez que transparecido o respeito, a ética e a neutralidade do jornalista esportivo, o profissional passa a ter a tal credibilidade que é tão sonhada por cada um que escolhe esse segmento tão importante e recreativo para a sociedade.













O jornalista esportivo Renato Peters

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Rugby, um esporte violento: mito ou verdade?

O Rugby é o segundo esporte mais popular do mundo, e perde apenas para o futebol. É comparado ao futebol americano visto que tem o mesmo estilo e o mesmo objetivo: cruzar a linha final com a bola. O esporte surgiu na Inglaterra, em uma cidade chamada Rugby, na escola local. Um aluno, enquanto jogava futebol, pegou a bola com as mãos e começou a correr. Enquanto isso, os garotos do time adversário tentaram agarrá-lo e derrubá-lo. Eles gostaram do estilo de futebol criado despropositalmente e batizaram-no de Futebol Rugby, em homenagem ao nome da cidade. É um esporte conhecido por ter os atletas expostos ao grande impacto físico e jogadas que muitas pessoas acreditam ser perigosas.

Pedro Henrique de Souza, tem 20 anos, pratica o esporte no Uberlândia Rugby Clube há quatro, e já fraturou um dedo em uma das partidas que jogou. Seu costume ao grande impacto físico foi conquistado depois de muitas experiências e superações. No tocante aos supostos riscos que o esporte oferece, Pedro acredita que é normal e que o rugby, assim como qualquer esporte, pode causar lesões e fraturas. “Apesar de ser um esporte que quase não se usa proteção, existe todo um regimento de regras que conservam a integridade física do atleta. No futebol americano já é mais liberal pelo motivo de poder usar equipamentos de proteção pesados. Então, creio que os dois tenham o mesmo nível quantitativo e qualitativo de lesões”, explica.

Segundo o educador físico que atua em Dubai, Eduardo Alves Ribeiro, 32 anos, deve-se levar em conta como o rugby é jogado, e que o mesmo pode ser praticado em alto nível com atletas bem preparados ou apenas como forma de recreação. “Essa distinção se faz importante, pois, analisar o treino de um time de alto nível é diferente de praticantes de fim de semana. Ás vezes, por disporem de uma estrutura com preparadores físicos e profissionais de talento, pode ser que os jogadores de alto nível tenham bem menos lesões do que os jogadores de "fim de semana", já que não se preparam tão bem para poder suportar uma carga de impacto”.

Quando questionado se o rugby é mais perigoso do que saudável, Eduardo diz que depende de quem o pratica, pois um esporte que em teoria é menos perigoso, como o futebol, se praticado com pessoas violentas é extremamente perigoso. “É mais seguro jogar rugby com pessoas leais do que futebol, por exemplo, com alguém desleal no time adversário”.


Benefícios do Rugby

Segundo Eduardo, O rugby praticado regularmente deixa os atletas com uma força física muito grande e resistência, tanto aeróbica como anaeróbica também em grandes níveis. “A pessoa se tornará fisicamente forte e dependendo da posição em que joga será mais rápida ou mais forte, mas em todos os casos a natureza do jogo em si já proporciona esse resultado aos praticantes”, comenta.


Rugby seguro para crianças

Nas escolas, pode ser praticado o "touch rugby" ou rugby de toque onde, ao invés de parar o adversário com violência, é permitido apenas um leve toque, ou seja, se alguém estiver correndo com a bola e uma pessoa do outro time a toca, a bola passa para o adversário. Dessa forma, pode se adaptar a regra para tornar o jogo mais interessante e menos violento. Esse estilo é apropriado não só para crianças, mas também é usado para treinar posicionamento até mesmo em times profissionais.